O Ministério da Saúde divulgou nesta terça-feira o primeiro boletim com dados registrados do zika vírus no país e apontou 91.387 casos prováveis da doença, de fevereiro até 2 de abril, enquanto os casos confirmados de microcefalia chegaram a 1.198.
“A taxa de incidência, que considera a proporção de casos, é de 44,7 casos para cada 100 mil habitantes”, informou em comunicado o ministério, que tornou compulsória a notificação dos casos de zika em fevereiro deste ano.
A região Sudeste teve 35.505 casos prováveis da doença, seguida das regiões Nordeste (30.286), Centro-Oeste (17.504), Norte (6.295) e Sul (1.797), de acordo com a pasta.
O zika vírus, transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, que também é o vetor da dengue e da febre chikungunya, foi declarado uma emergência global de saúde pública pela Organização Mundial da Saúde (OMS) devido às suspeitas de ligação da infecção do vírus em grávidas com a microcefalia em recém-nascidos.
Até 2 de abril, foram registrados no Brasil 7.584 gestantes com casos suspeitos da doença, sendo que 2.844 foram confirmados.
“Ainda não é possível se ter ideia da proporção de gestantes, infectadas pelo vírus zika, que terão bebês com microcefalia. Até o momento, o maior número desses casos foi em mulheres que tiveram a doença no primeiro trimestre de gestação”, disse o diretor de vigilância das doenças transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, em entrevista nesta terça.
Segundo novo boletim divulgado pelo ministério nesta terça-feira, o país registrou 1.198 casos confirmados de microcefalia até 23 de abril e outros 3.710 estão em fase de investigação.
Na semana passada, o país tinha informado 1.168 casos confirmados de microcefalia desde o início das investigações, em outubro de 2015, sendo que 3.741 permaneciam sendo investigados.
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