Manifestações em defesa da educação e contra o bloqueio no orçamento do ensino superiorsão realizados em Porto Velho e Ji-Paraná (RO), na Região Central. Estudantes, professores e apoiadores da causa se reuniram nesta quinta-feira (30) em espaços públicos.
Na capital, o local escolhido foi a praça Marechal Rondon, no centro da cidade. O ato teve início por volta das 16h e cerca de uma hora depois o grupo saiu para uma passeata pela Avenida 7 de Setembro, tendo o campus Centro da Universidade Federal de Rondônia (Unir) como destino. Além dos cortes na educação, alguns manifestantes também se posicionam contra a reforma da previdência e privatizações.
O ato, segundo o Diretório Central dos Estudantes (DCE), foi organizado nos últimos dias através de assembleias realizadas no campus da capital. “Após aprovação dos estudantes, convocamos todos do campus [de Porto Velho] a se juntarem nesse ato em defesa de uma universidade pública gratuita e de qualidade”, afirma a acadêmica Poliana Maiara, coordenadora geral do DCE da Unir.
Em Ji-Paraná, o ato teve início às 6h em frente ao campus da Unir no município. Alguns estudantes se reuniram na calçada com faixas e cartazes, fecharam os portões da universidade e permanecem com o protesto no local até o momento.
Entenda os cortes na educação
- Em decreto de março que bloqueou R$ 29 bilhões do Orçamento 2019, o governo federal contingenciou R$ 5,8 bilhões da educação
- Desse valor, R$ 1,704 bilhão recai sobre o ensino superior federal
- Em maio, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) informou sobre a suspensão da concessão de bolsas de mestrado e doutorado
- Os cortes e a suspensão motivaram os protestos de 15 de maio
- Após os atos, o governo disse que liberaria mais recursos para a educação, mas manteve o corte já anunciado em março
- Nesta quinta, o Conselho Nacional dos Direitos Humanos recomendou que o governo reveja os bloqueios
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