O governo do Sri Lanka diz que o Facebook é responsável por espalhar discursos de ódio contra muçulmanos no país. A intolerância religiosa foi a causa da rebelião que ocorre na semana passada deixando três pessoas mortas. As informações foram obtidas pelo jornal The Guardian.
Por causa da situação de caos e violência, foi decretado estado de emergência no país. A rede social e aplicativos de trocas de mensagem foram suspensos em todo o território. Essa foi uma tentativa das autoridades de conter a repressão da maioria budista contra a minoria muçulmana.
O ministro de telecomunicações do Sri Lanka, Harin Fernando, disse ao jornal britânico que “os discursos de ódio não são controlados por plataformas como o Facebook e isso está sendo uma questão crítica no mundo todo”.
O governo do Sri Lanka pedirá à empresa que crie um sistema para bloqueio rápido de conteúdos que colocam em risco a segurança nacional. “O Facebook não está dando respostas tão rápido quanto nós gostaríamos”, afirma Fernando.
Uma das dificuldades para a rede social conseguir identificar e derrubar conteúdo violentos é o idioma falando no Sri Lanka. Quando um post é denunciado, demora quase uma semana para ser retirado do ar.
Um dos líderes extremistas Amith Weerasinghe foi preso, na semana passada, acusado de propagar discursos de ódio contra muçulmanos . O perfil dele tinha cerca de 150 mil seguidores até o dia que foi excluído da plataforma
ONU e o Facebook
Na terça-feira (13), a ONU publicou uma investigação realizada em Mianmarrelacionando os casos de intolerância religiosa com postagens feitas no Facebook.
Os rohingyas, minoria muçulmana, sofrem forte perseguição desde agosto de 2017. Mais de 650 mil pessoas fugiram para Bangladesh para escapar da violência.
“Eu tenho medo que o Facebook tenha se tornado um monstro, e não tenha mais a função para a qual foi desenvolvido originalmente” , disse uma das investigadores da ONU Yanghee Lee.
Pablo Marques, do R7
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