O motorista acusado de matar a motociclista e técnica de enfermagem Simone Nascimento Ribeiro, de 30 anos, foi condenado a 20 anos de prisão em regime inicialmente fechado nesta quinta-feira (23), segundo sentença do Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO).
Leonardo José da Silva, de 29 anos, já seguia preso há pouco mais de sete meses. Com o veredicto, ele irá cumprir outros 19 anos, quatro meses e 21 dias de reclusão. O acidente ocorreu em outubro do ano passado.
A sessão de júri popular do Tribunal do Júri de Ariquemes (RO), no Vale do Jamari, começou por volta das 8h30. As famílias da vítima e do réu acompanharam o julgamento. Entre as testemunhas do caso estava a esposa do réu.
Na sentença, o juiz Alex Balmant detalha que a mulher de Leonardo contou que o marido havia ingerido entre nove e dez latas de cerveja no dia do acidente. Ela ainda disse que tentou impedir que o esposo dirigisse em estado de embriaguez, segundo o juiz, já que possui carteira de habilitação. Porém, Leonardo se negou em passar a direção à companheira.
Ainda conforme a sentença, o marido da vítima também estava entre as testemunhas. Questionado sobre como passou o feriado do Dia das Mães, o companheiro de Simone se limitou em dizer apenas que não houve comemoração nem para ele e nem aos filhos do casal, de 11, 9 e 2 anos.
Por maioria dos votos, o Conselho de Sentença entendeu que Leonardo, na verdade, “não praticou homicídio culposo quando estava na condução do automóvel”. Com o término da sessão, o acusado retornou à unidade prisional de Ariquemes, onde cumprirá o restante da pena determinada.
Prisão preventiva
Leonardo José segue preso desde a época do acidente. Um dia depois da colisão, o juiz da 1ª Vara Criminal de Ariquemes converteu a prisão em flagrante à preventiva. De acordo com o TJ-RO, a decisão de manter o réu detido foi definida durante audiência de custódia.
Segundo a legislação, os condutores de veículos de matam em acidentes de trânsito podem ser soltos no caso de pagamento de fiança determinada pelo delegado de polícia e responder pelo processo em liberdade.
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