Resumão
Os fantasmas daquela final em Kiev há um ano foram exorcizados neste sábado. Salah, aquele que poderia ter sido herói em 2018 e saiu lesionado precocemente, abriu o placar de pênalti. Alisson, o responsável por assumir a problemática meta dos Reds, resolveu quando mais foi preciso. Com atuação decisiva da dupla, o Liverpool venceu um valente Tottenham por 2 a 0 em Madri – Origi deixou o banco para sacramentar o título nos minutos finais – e conquistou sua sexta Liga dos Campeões.
A Europa é vermelha
Num duelo britânico, o Liverpool mostrou que é a camisa mais pesada da Terra da Rainha além do Canal da Mancha. Foi o sexto título da Liga dos Campeões dos Reds – quase a metade dos títulos de equipes ingleses na competição continental (13). De quebra, passou a ser o terceiro clube com mais títulos de Champions, atrás apenas de Real Madrid (13) e Milan (7).
European Cup hall of fame 🏆
Real Madrid – 13
AC Milan – 7
LIVERPOOL – 6
Barcelona – 5
Bayern – 5#UCLfinal pic.twitter.com/XLn1QWW2bl— UEFA Champions League (@ChampionsLeague) 1 de junho de 2019
Primeiro tempo de Salah
É possível resumir a etapa inicial com o relato dos dois primeiros minutos. Aos 23 segundos, Mané cruzou, e a bola bateu no peito de Sissoko até escorregar pelo braço. O árbitro marcou pênalti, e o VAR confirmou. Salah, então, assumiu a responsabilidade pela cobrança e soltou uma bomba que Lloris quase pegou. Daí até o intervalo, o Tottenham teve a bola, mas não ameaçou, e os Reds saíram para o vestiário com uma vantagem apertada e relativamente justa.
Segundo tempo de Alisson
O que se viu foi um novo jogo na volta do intervalo. O Liverpool até criou suas chances, mas foi a postura do Tottenham que colocou fogo na decisão. Alisson, que não teve trabalho até então, fez oito defesas na etapa final, algumas complicadas. O Liverpool soube segurar a pressão na hora que mais foi preciso, e Origi, o herói da semifinal, apareceu na hora certa. Aos 40, ele aproveitou passe de Matip e acertou um chute indefensável para decidir o título.
Alisson, Fabinho e Firmino entram em seleta lista
Com o título assegurado pelo trio do Liverpool, Brasil conta agora 52 jogadores diferentes campeões da taça mais importante da Europa. O ranking tem o lateral-esquerdo Marcelo e volante Casemiro, ambos com quatro títulos pelo Real Madrid, no topo, e começou em 1959 com Canário e Didi, também pelo time merengue.
Em busca de Mundial inédito
Derrotado pelo Flamengo em 81 e pelo São Paulo em 2005, o Liverpool vai em busca de seu primeiro título mundial de clubes. O terceiro maior campeão europeu, vice também em 84 diante do Independiente, será o representante de seu continente na competição da Fifa – ainda sem local definido. Esperancé (África), Hienghène Sport (Oceania) e Monterrey (México) são os outros times garantidos na competição.
Origi em dia de Lucas Moura
Herói da classificação sobre o Tottenham, Lucas Moura voltou para o banco com o retorno de Harry Kane do departamento médico. O brasileiro foi a campo na etapa final, mas sua estrela não brilhou como naquela semifinal em Amsterdã. Coube a outro herói improvável um papel de destaque neste sábado. Origi, que já tinha feito dois gols na virada sobre o Barcelona, entrou no lugar de Firmino para garantir o título. Ele, aliás, foi o quinto jogador a sair do banco para marcar nas últimas seis decisões de Champions.
🔁 A sub has scored in 5 of the last 6 finals!
✨ Marcelo (2014)
✨ Carrasco (2016)
✨ Asensio (2017)
✨ Bale (2018)
✨ ORIGI 2019#UCLfinal pic.twitter.com/9yj4CKDJtO— UEFA Champions League (@ChampionsLeague) 1 de junho de 2019
O melhor do jogo
Aos 29 da etapa final, Van Dijk foi ultrapassado por Son e se recuperou de forma gigante para desarmar o coreano. Segundo a Opta, especialista em dados esportivos, ele não foi driblado em nenhuma das últimas 64 partidas do Liverpool. Não à toa foi eleito o destaque da decisão pela Uefa.
0 – No opposition player has completed a dribble past Virgil van Dijk in any of his last 64 appearances in all competitions for Liverpool. Rock. #UCLFinal pic.twitter.com/VlviY2ohRH
— OptaJoe (@OptaJoe) 1 de junho de 2019
Discussion about this post