No dia 25 de janeiro de 2019, a barragem de rejeitos de mineração do Córrego do Feijão, localizada em Brumadinho, Minas Gerais, se rompeu e seguiu em direção ao Rio Paraopeba. No caminho, destruiu instalações da Vale, mineradora responsável pela barragem, casas, plantações, riachos e rodovias. O número de mortes aumenta a cada dia. “A esperança nossa é de encontrar pelo menos o corpo dela pra ter um enterro digno”, desabafa o comerciante Edir Lázaro do Amaral, que buscava notícias da irmã, Gislene. Fala esta que representa o sentimento dos muitos familiares das pessoas que seguem desaparecidas.
Esta edição especial do Caminhos da Reportagem mostra a dor da cidade de Brumadinho, que se divide entre a tristeza de enterrar seus moradores e a angústia de não encontrar tantos outros. Nossa equipe passou uma semana na cidade, conversando com os atingidos, acompanhando as buscas dos Bombeiros e familiares, e o trabalho de voluntários, que se uniram para auxiliar nessa tragédia que, para muitos, já era anunciada. Em meio a tanta dor, a esperança de quem conseguiu sair com vida do mar de lama de rejeitos.
A reportagem conversa também com especialistas em barragens para entender quais os modelos usados e a melhor forma de prevenir esses rompimentos. Há três anos cenário semelhante era visto em Mariana, também em Minas Gerais, com o rompimento da barragem do Fundão. O programa discute ainda as barragens que estão em risco no Brasil e qual o papel das empresas e governo para que o país não aumente o número de mortos e de perdas ambientais.
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