Uma operação da Polícia Civil no Distrito Federal prendeu há pouco o ex-jogador do Fluminense e da Seleção Brasileira, Roni, durante o jogo entre Botafogo e Palmeiras, no estádio Mané Garrincha, em Brasília. Também foi detido o presidente da Federação de Futebol do Distrito Federal, Daniel Vasoncelos.
A prisão ocorreu após investigação sobre um grupo criminoso especializado em fraudar o erário na realização de jogos. Há suspeitas de inclusão de dados falsos no borderô, que são os boletins financeiros dos jogos.
Segundo os investigadores, o grupo informava um valor de arrecadação menor para pagar menos impostos e um aluguel menor pelo estádio Nacional Mané Garrincha, na capital.
A prisão, comandada pela Coordenação Especial de Combate ao Crime Organizado da Polícia Civil do DF, envolveu cerca de 150 policiais e foi feita em um dos camarotes do estádio.
De acordo com o delegado Leonardo de Castro, da Coordenação Especial de Repressão ao Crime Organizado, à Corrupção, aos Crimes contra a Ordem Tributária e aos Crimes contra a Administração Pública, a investigação começou há quase dois anos.
O alvo era um grupo de empresários, funcionários de empresas e pessoas ligadas ao esporte. Segundo a polícia, eles fraudavam o fisco e recolher menos impostos. O ex-jogador Roniéliton Pereira dos Santos, o Roni, é dono de uma empresa que promovia jogos e vendia os ingressos.
Roni teria comprado partidas dos clubes e trazido para “outras praças”, como Brasília. No Mané Garrincha, conforme o delegado, o ex-jogador tinha o apoio do presidente da Federação de Futebol do DF, Daniel Vasoncelos.
“Eles trouxeram alguns jogos para Brasília nesse período e de agora pra frente também vai ser apurado jogos que eles realizavam em outros locais do país.”
A 15ª Vara Federal Criminal de Brasília autorizou o cumprimento de 7 mandados de prisão temporária e 19 mandados de busca e apreensão neste sábado. Segundo a polícia, a investigação aponta indícios dos crimes de associação criminosa, falsidade ideológica, estelionato e sonegação fiscal.
Além de Brasília, as buscas ocorrem em Luziânia, no Entorno do DF e em Goiânia. As provas estariam sendo recolhidas nas casas dos investigados, em empresas e na Federação Brasiliense de futebol.
A operação, chamada de Episkiros, é uma referência ao jogo com bola criado na Grécia antiga e que deu origem ao futebol moderno, mas também significa “jogo enganoso”, disseram os agentes.
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