Evento terá custo superior a R$ 20 mil, afirmam organizadores. Os municípios mineiros de Betim, Gouveia e Ipatinga suspenderam a cerimônia de revezamento alegando dificuldades financeiras.
Com a proximidade dos Jogos Olímpicos 2016, os quais serão disputados no Rio de Janeiro a partir de agosto, a tocha olímpica passará em todas as regiões do Brasil. Cerca de 300 cidades receberão o revezamento da tocha, e Governador Valadares é uma delas. Além disso, a cidade está entre as 83 escolhidas como “cidade celebração”, onde a tocha irá pernoitar. Nesses locais acontecerão festividades, com shows musicais e outras atividades culturais.
O evento do revezamento da tocha em Governador Valadares hoje, a partir das 16 horas. Nesse dia será proibido estacionamento de veículos ao longo do percurso. Nomes como o de Darci Menezes (futebol), Sebastián Cuattrin (canoagem), Adenízia (vôlei), Virgínia Drumond (tênis), Ianni Souza (futsal), Luiz Pinga (atletismo), entre outros ligados ao esporte de Valadares e região conduzirão a tocha, em um percurso de 13 quilômetros.
A tocha chegará inicialmente à Estação Olímpica e, de helicóptero, vai para o pico da Ibituruna, onde desce de parapente em voo duplo até a Feira da Paz. Em seguida passará pela avenida Minas Gerais, ruas Marechal Floriano, São Paulo, avenida Brasil, rua Marechal Deodoro, José Luiz Nogueira, Pascoal de Souza Lima, avenida JK, ruas Moreira Sales, João Dias Duarte, Juiz José da Paz Lemos, BR-116, Bahia, Israel Pinheiro, Sete de Setembro, Osvaldo Cruz, Afonso Pena, Dom Pedro II e Açucareira (local da celebração).
O secretário municipal de Cultura, Esporte, Lazer e Juventude, João Paulo Rocha Cirne, revelou os custos da produção do evento. “Boa parte será custeada pelo Comitê da Rio 2016. O maior custo será com a estrutura de palco e som, e são eles que vão fornecer. Sobraria para a gente a estrutura do percurso e alguma estrutura física do local da celebração. Conseguimos cortar boa parte dos custos com o sistema de isolamento com cordas, através de atletas que vão nos ajudar. Então ficará em torno de pouco mais de R$ 20 mil”, disse.
Betim e outros dois municípios mineiros desistem do revezamento da tocha olímpica
Alegando dificuldades financeiras, a Prefeitura Municipal de Betim anunciou nesta terça-feira (3) que não irá participar do revezamento da tocha olímpica, previsto para acontecer na cidade no próximo dia 14 de maio. O comunicado foi enviado ao Comitê Organizador das Olimpíadas Rio 2016 na última quarta-feira (27). A queda na arredação de impostos das indústrias e empresas do município, aliada ao cenário de crise econômica do país, foi a justificativa usada para a rescisão do contrato do evento olímpico.
“Betim é sabedor da importância de um evento dessa magnitude. E tentou, com todos os esforços dispendidos, honrar com os dispositivos relacionados nas cláusulas contratuais, estabelecidas entre o Município e o Comitê Olímpico. Porém, apesar de todo o nosso empenho, não houve como avançar na parceria para a realização do evento em nossa cidade”, afirmou em nota a Procuradora Geral do Município, Clélia Coura.
Em balanço, a Prefeitura de Betim afirma que a cidade fechou a receita do ano de 2015 com uma queda de R$167 milhões e com gastos de pessoal alcançando 50,82%. Uma das medidas do órgão foi instituir um Gabinete de Gerenciamento de Crise que, em conjunto com a Junta de Execução Orçamentária e Financeira, definiu uma resolução para suspender a realização e apoio a eventos culturais, esportivos e de natureza comemorativa que gerem despesas ao município.
Outras duas cidades mineiras também desistiram de receber o revezamento da tocha olímpica. Gouveia, no Vale do Jequitinhonha, e Ipatinga, no Vale do Aço, já notificaram o Comitê Olímpico da quebra do contrato. A justificativa apresentada por ambos os municípios também são dificuldades financeiras.
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